
Comboio
Os passageiros dos transportes públicos começam hoje a sentir os efeitos da greve de quarta-feira dos trabalhadores de várias empresas públicas.
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Os pré-avisos de greve nos transportes abrangem a CP - Comboios de Portugal, CP Carga, REFER - Rede Ferroviária Nacional, Carris e Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).
Os primeiros utentes a sentir os efeitos da paralisação serão os passageiros da CP, com a empresa a alertar para «atrasos e supressões em todos os serviços» hoje ao final do dia, que se prolongarão até à manha de quinta-feira».
No feriado de 15 de agosto, o primeiro desde a entrada em vigor das alterações à legislação laboral, a circulação de comboios deve limitar-se a seis ligações de longo curso, das quais quatro nacionais (Lisboa/Porto, Porto/Lisboa, Lisboa/Faro e Faro/Lisboa) e duas internacionais, de acordo com a informação da CP.
Assim, não está prevista a realização de ligações dos serviços urbanos (de Lisboa e do Porto) e regionais.
Na Carris, a circulação estará limitada a sete carreiras - 703, 728, 729, 736, 742, 755 e 783 - e apenas com metade da frequência, de acordo com os serviços mínimos decididos pelo Tribunal Arbitral.
Ainda em Lisboa, o metro funcionará entre as 8:30 e as 24:00, mantendo-se a greve entre as 00:00 e as 08:00, depois dos trabalhadores terem suspendido parcialmente a paralisação, por considerarem que a imposição de serviços mínimos põe em causa a segurança de funcionários e utentes.
No Porto, os autocarros da STCP também vão ser afetados pelo protesto, mas a empresa prevê que «não se verifiquem perturbações muito significativas no serviço», tendo em consideração a adesão dos trabalhadores a greves anteriores, como nos feriados de junho.
Os pré-avisos de greve, apresentados por vários sindicatos, abrangem o trabalho extraordinário, em dias de descanso semanal e feriados.
As estruturas sindicais contestam as alterações introduzidas nos Acordos de Empresa (AE), na sequência da revisão ao Código do Trabalho, que contempla um corte para metade no valor pago pelas horas extraordinárias e o fim do direito a descanso compensatório por trabalho em dia de folga.
Em greve estarão também os trabalhadores da empresa de assistência nos aeroportos Portway, do Metro Sul do Tejo, dos setores do comércio, escritório e serviços, da indústria de hotelaria do Algarve e do Norte.