Segundo o Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional, em causa está a redução de duas horas ao período de prevenção e o aumento de duas horas ao período de trabalho.
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Meia centena de guardas acamparam em frente à prisão da Carregueira, em Belas, em protesto contra as alterações nos turnos impostas, esta sexta-feira, pela direção do estabelecimento prisional.
Em declarações à TSF, o presidente do Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional explicou que a direção desta prisão do concelho de Sintra reduziu duas horas ao período de prevenção e aumentou duas horas ao período de trabalho.
Ao fazer dois turnos em vez dos três que estavam previstos, Júlio Rebelo lembrou que os guardas são agora obrigados a fazer mais três horas noturnas.
«Isto já é um serviço com caráter de desgaste tanto físico como psicológico bastante acentuado e consideramos que é desumano forçar os guardas a fazer isto», adiantou.
Júlio Rebelo indicou ainda que esta mudança de horário não teve em conta a alimentação dos guardas, uma situação que é agravada pelo facto de a prisão da Carregueira estar a cerca de cinco quilómetros do local de restauração mais próximo.
«O tempo que esta diretora colocou para se fazer o jantar que é uma hora [faz com que seja] impossível fazer esta viagem», explicou o presidente deste sindicato, que disse que os guardas ficaram impedidos de sair para se alimentarem.
Este dirigente sindical garantiu ainda que «alguns» guardas não se sentiram bem e acabaram por ter de ir para as urgências para receberem tratamento hospitalar.
Contactado pela TSF, o hospital Amadora Sintra confirmou que quatro guardas prisionais deram entrada nas urgências com indisposição e náuseas, estando agora a soro, devendo depois ter alta.