Uma semana depois do aluimento de terras, em Mesão Frio (Guimarães) os moradores ainda não conhecem as causas da derrocada nem a data para regressar a casa.
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Uma semana depois do acidente, os trabalhos de remoção de terra deixaram a variante Guimarães-Fafe praticamente desimpedida, mas ainda não são conhecidas as causas do desabamento.
A comissão técnica que investiga o acidente vai reunir esta quinta feira, uma semana depois de ter sido constituída, e até lá não presta quaisquer informações sobre o caso.
«Os técnicos estão no terreno e na quinta-feira ficaremos a saber se é possível ter alguma conclusão sobre o que aconteceu», disse à TSF Amadeu Portilha, vereador responsável pela Protecção Civil de Guimarães.
Este responsável adiantou que os peritos têm estado a monitorizar as moradias e «as medições não registaram nenhuma alteração no que diz respeito à estabilidade dos dois edifícios. Com base nisso, no sábado passado foi permitido que os moradores pudessem aceder às suas casas durante o período necessário para a retirada de alguns bens».
As medições da estabilidade dos empreendimentos são feitas de hora a hora e o resultado desses estudos será determinante para decidir a intervenção mais adequada para segurar os dois prédios e reconstruir as infraestruturas de água, saneamento, energia elétrica, gás e telecomunicações.
Os moradores contatados pela TSF escusaram-se a falar sobre o assunto numa altura em que subsiste a incerteza sobre quando poderão regressar a casa e quem vai assumir os prejuízos.
O desabamento aconteceu há uma semana, cerca das 18 horas, quando uma grande massa de terra resvalou para a variante Guimarães-Fafe e "descalçou" dez moradias. Seis famílias ficaram desalojadas.
Desde o acidente, a Estradas de Portugal (EP) tem estado a retirar o equivalente a 800 camiões de terra para desimpedir a variante Guimarães-Fafe que ficou soterrada. No dia seguinte à derrocada, o presidente da EP, António Ramalho, declarou que seriam necessários «pelo menos» por 15 dias para retirar o equivalente a 800 camiões de terra e desimpedir a estrada. Em seguida, a empresa irá construir um muro de contenção para acautelar a segurança da via.