
Comboio presidencial
TSF/Liliana Costa
Depois dos trabalhos de restauro que custaram milhão e meio de euros, o comboio que transportou todos os Presidentes da República entre 1910 e 1970 chegou à terra onde Camilo Castelo Branco viveu e morreu.
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O histórico comboio presidencial utilizado por todos os chefes de Estado entre 1910 e 1970 chegou, esta quinta-feira, à estação de Famalicão.
Após os trabalhos de restauro que se prolongaram por três anos e que custaram um milhão e meio de euros, este comboio deixou o Museu do Entroncamento a caminho da terra onde Camilo Castelo Branco viveu e morreu.
Com convidados ilustres a bordo, a viagem contou com hospedeiras vestidas à época e com guitarras portuguesas e foi feita num comboio que chegou a transportar o corpo de Salazar para Santa Comba Dão.
Antes do restauro, apenas duas das cinco carruagens estavam praticamente completas e as «restantes estavam completamente esventradas», explicou a coordenadora do serviço de conservação e restauro do Museu Nacional Ferroviário.
Em declarações à TSF, Judite Roque adiantou que o restauro contou com a ajuda de testemunhos de especialistas e pessoas que conhecem a composição e até de documentos históricos vindos do estrangeiro.
«Depois fomos descobrindo em determinados depósitos tanto em Estremoz como no Entroncamento algumas peças que depois verificámos que eram pertencentes ao comboio e a partir daí fizemos réplicas daquilo que faltava», adiantou.
Paulo Cunha, o presidente da câmara de Famalicão, entende mesmo que esta viagem «mostra que é possível conciliar o turismo, a cultura e outras necessidades num único meio».