
O estado de Nova Gales do Sul, o mais populoso da Austrália, declarou hoje o estado de emergência, numa altura em que dois mil bombeiros tentam combater 60 focos de incêndios ativos.
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O chefe do governo do estado, Barry O'Farrell, assinou hoje a ordem, após consultar o ministro da polícia, e encarregou o comissário do Serviço de Incêndios Rurais de controlar e coordenar a declaração de emergência.
«Esta ação não foi tomada de ânimo leve», disse O'Farrell em comunicado. «É importante o Serviço de Incêndios Rurais e outros serviços de emergência tenham os poderes e os recursos de que precisam para combater esta ameaça».
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Já hoje as autoridades australianas ordenaram a evacuação de mais três localidades no estado de Nova Gales do Sul, no leste do país, perante o agravamento das condições meteorológicas, que dificultam o combate aos maiores incêndios numa década.
Cerca de dois mil bombeiros tentam combater cerca de 60 focos ativos, 15 dos quais estão fora de controlo, numa frente de mais de 300 quilómetros.
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Desde quinta-feira, as chamas destruíram 37.000 hectares e 208 casas, segundo o porta-voz do Serviço de Incêndios Rurais (RFS), Russell Taylor, citado pelo canal de televisão ABC.
As autoridades ordenaram a evacuação das localidades de Bell, Mount Tomah e Berambing, enquanto em Mount Irvine e Mount Wilson alertaram que é demasiado tarde para sair por haver muitas estradas cortadas.
Estas localidades situam-se na região das Montanhas Azuis, uma das mais afetadas, onde há três grandes focos ativos.
Até agora, esta onda de incêndios, a pior em uma década, causou a morte de um homem de 63 anos, que morreu quando combatia as chamas perto da sua casa em Lake Munmorah, 124 quilómetros a norte de Sydney.
A crise atual é comparável ao denominado "Natal Negro", que começou a 25 de dezembro de 2001 e durou umas três semanas, tendo o fogo arrasado 3.000 quilómetros quadrados de terrenos e 121 casas na Nova Gales do Sul.