O primeiro-ministro lamentou a morte de mais um bombeiro e adiantou que a Proteção Civil está a reforçar as corporações de bombeiros com melhores condições de segurança.
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«A Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) está a contactar todas as corporações, de forma a poder reforçar as condições de segurança e fazer todos os alertas para que tragédias [como a morte hoje de mais um bombeiro] possam ser evitadas», afirmou aos jornalistas Pedro Passos Coelho, à saída de uma ação de pré-campanha para as eleições autárquicas, no concelho de Torres Vedras.
Perante a situação dos incêndios este ano, que classificou de «muito trágica», Passos Coelho sublinhou que o Governo «está inconformado», justificando assim as medidas solicitadas à ANPC.
O primeiro-ministro lamentou a morte do bombeiro ferido num incêndio florestal na semana passada no concelho de Tondela, distrito de Viseu, e que estava internado no Hospital da Prelada, no Porto.
«Esperemos que não se repita mais, porque o estado do tempo ainda gera alguns riscos de incêndio florestal e ainda há bombeiros internados a correr risco de vida», acrescentou.
Bernardo Cardoso, de 18 anos, da corporação de Carregal do Sal, morreu na terça-feira, depois de ter sofrido graves queimaduras, falência multiorgânica e «danos irreversíveis na via aérea».
Com o falecimento deste jovem, sobe para seis o número de bombeiros que morreram este ano no combate aos incêndios florestais.
O jovem, que ficou com queimaduras em 55% do corpo, estava em estado muito grave desde quinta-feira passada (29 de agosto), dia em que, no mesmo incêndio (em São Marcos/Muna, na Serra do Caramulo), morreu a bombeira Cátia Pereira Dias, de 21 anos, e um terceiro bombeiro ficou ferido com gravidade.
Os incêndios florestais consumiram até ao final de agosto uma área de 94.155 hectares, mais 25% do que em igual período de 2012, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
O último relatório provisório sobre os incêndios florestais adianta que entre 01 de janeiro e 31 de agosto foram registadas 14.143 ocorrências de fogo, menos 1.690 do que no mesmo período de 2012.