A Interpol apreendeu 9,4 milhões de medicamentos contrafeitos e potencialmente perigosos durante uma operação realizada simultaneamente em 111 países e tendo como alvo 'sites' de venda na internet, anunciou hoje a organização de cooperação policial.
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Segundo a Interpol, a operação "Pangea VII" é a maior jamais organizada contra a contrafação de medicamentos.
Realizada de 13 a 20 de maio, a operação resultou na abertura de 1.235 inquéritos, na eliminação de 19.000 anúncios de medicamentos ilícitos e no encerramento de mais de 10.600 'sites' de venda de fármacos.
«A operação permitiu 237 detenções em todo o mundo e a apreensão de medicamentos potencialmente perigosos num valor superior a 36 milhões de dólares (26,3 milhões de euros)», indicou a Interpol num comunicado.
Entre os 9,4 milhões de medicamentos contrafeitos apreendidos encontram-se comprimidos para emagrecer, de tratamento contra o cancro, contra a disfunção erétil, a constipação e a tosse, a malária, bem como para reduzir o colesterol.
«Este ano, a operação centrou-se nos fornecedores de acesso à internet, nos sistemas de pagamento 'online' e nos serviços de correio eletrónico que constituem os três principais vetores utilizados pelos 'sites' que comercializam medicamentos ilícitos e perigosos», indicaram num outro comunicado a Agência francesa de Segurança do Medicamento, o gabinete central que combate os atentados contra a saúde pública da polícia e as alfândegas francesas.
A Interpol, que integra 190 países, tem sede em Lyon (centro leste da França).