O engenheiro e pioneiro da informática Douglas Engelbart morreu na quarta-feira à tarde, aos 88 anos, na sua casa de Atherton, em Silicon Valley, no estado norte-americano da Califónia.
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Douglas Engelbart acreditava que as máquinas podiam ser usadas como um complemento do intelecto humano.
Engenheiro eletrónico de formação, entrou para a história em 1968 quando apresentou publicamente o primeiro rato de computador. Era de madeira e tinha apenas um botão. O cabo que o ligava ao computador esteve na origem do nome do dispositivo.
O caminho de Douglas Engelbart não foi fácil. Precisou de quase dez anos para encontrar alguém que levasse a sério as suas ideias.
Só em 1963 conseguiu o financiamento necessário para construir um laboratório onde criou um sistema que usava ferramentas novas como um rato para seleção no ecrã, tele-conferência em ecrãs partilhados, ligações por hipertexto, processador de texto, e-mail, sistemas de ajuda online e um ambiente de janelas.
Contudo, o invento de Douglas Engelbart não teve grande sucesso porque na época a maioria dos computadores utilizavam apenas textos sem cursor na tela. O centro de investigação do norte-americano acabou por fechar. Só nos anos 80 e com a Apple o rato passou a fazer parte dos atuais computadores.
Com um percurso difícil, em 2005 dizia numa entrevista que sentia que a sua vida tinha sido um fracasso porque não conseguiu apoio financeiro para as suas investigações, nem foi capaz de envolver outras pessoas.
No entanto, sempre foi considerado um visionário. O fundador da Lotus Development Corporation dizia que Engerlbart era como Leonardo Da Vinci que concebeu o helicóptero centenas de anos antes de ele puder ser construído.