Pela primeira vez desde o acidente nuclear de Fukushima, o Japão proibiu, esta quinta-feira, a venda do arroz produzido numa região do nordeste japonês.
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O porta-voz do governo, Osamu Fujimura, ordenou ao governador de Fukushima, Yuhei Sato, o bloqueio da comercialização de arroz de Onami, uma cidade a cerca de 57 quilómetros da central danificada.
«Esta proibição continuará até que o arroz produzido na região sejo declarado seguro», disse um funcionário do Ministério da Agricultura, acrescentando que o embargo envolve 154 fazendas, que produzem um total de 192 toneladas de arroz por ano.
Esta descoberta vai aumentar ainda mais as preocupações dos japoneses, que temem que outros alimentos tenham sido contaminados por descargas radioactivas da central nuclear de Fukushima, que foi seriamente danificada pelo tsunami de 11 de Março.
As amostras do arroz de Onami tinham césio radioactivo a níveis de 630 becquerels por quilo, quando o máximo permitido pelo Governo central é de 500 becquerels por quilo.
No entanto, a colheita desta operação, estimada em 840 quilogramas, ainda não foi colocada no mercado, segundo as autoridades locais.
Esta é a primeira ordem de proibição relativa à venda do arroz, desde o acidente em Fukushima. Vários legumes, leite, carne, chá e alguns frutos do mar têm, no entanto, sido proibidos para consumo.