A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, anunciou o encerramento temporário da Linha do Tua até se apurarem as causas do acidente que ocorreu esta sexta-feira, que provocou pelo menos um morto e 47 feridos.
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Ana Paula Vitorino, que se deslocou esta sexta-feira ao local do acidente, disse que espera agora «relatórios muito aprofundados» da CP, Refer e Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres, porque «sem condições não pode ser autorizada a reabertura da linha».
A secretária de Estado, que contactou no local com os técnicos que analisaram o veículo sinistrado, disse que «numa primeira análise não há registo de anomalias na linha ou no material circulante».
A governante adiantou que a Refer faz manutenção da linha de 15 em 15 dias para analisar o seu estado de conservação e, de acordo com os resultados da última vistoria, estava em condição de ser utilizada.
«Mas o que é facto é que o acidente ocorreu, por isso vamos ver e analisar seriamente o que se passou», acrescentou.
Após tomar conhecimento dos resultados das análises já feitas do local, onde já se deslocaram brigadas de investigação da PJ e da GNR, a secretária de Estado considerou que a assistência foi prestada de forma atempada e garantiu que até ao momento não foram detectados indícios de explosões no local.
A governante afirmou ainda que, independentemente da discussão em torno da construção ou não da Barragem do Tua, «enquanto houver serviço ferroviário ele tem de ser seguro», logo «há que identificar os problemas que subsistem».
O presidente da CP, Cardoso dos Reis, que acompanhou a secretária de Estado na deslocação, disse que ainda esta semana a composição acidentada foi vistoriada, não havendo qualquer indicação de que tenham sido problemas mecânicos a causar o acidente.
Este foi o quarto acidente com carruagens da Linha do Tua ocorrido no último ano e meio, sendo que em 120 anos nunca se tinha registado qualquer incidente na linha.