A Câmara de Loulé está preocupada com o isolamento dos idosos na cidade e por isso enviou para a rua equipas que tentam identificar estas situações.
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As duas equipas põem-se a caminho. Batem às portas das casas. Nalguns casos abrem-lhes a porta. Noutros, os idosos saíram. Por vezes vêm a saber pelos vizinhos que já faleceram.
Maria da Saúde abre a porta. Adriana Cavaco, técnica superior de Serviço Social, acompanhada por dois elementos que a ajudam no trabalho, um da GNR, outro dos bombeiros, percebe que aquela idosa vive sem ninguém e sem saúde.
Tem dois netos que a visitam esporadicamente. Adriana faz o questionário que traz preparado.
Quer saber se a vizinhaça é amiga e a ajuda em caso de necessidade, em que condições financeiras vive aquela idosa.
Flora Vieira, psicóloga social, segue na outra equipa. É coordenadora deste projecto
na Câmara Municipal de Loulé.
«Há algumas situações, umas estão referenciadas pela ação social, outras que não estão referenciadas é a própria população que identifica e nada como estar no terreno para constatar as situações e para fazer o levantamento de uma informação mais útil e preciosa para este estudo», adianta.
Um estudo que dará maior visibilidade aos idosos isolados. Só na freguesia de Quarteira já foram identificadas 57 pessoas em poucos dias de trabalho.