Mais de 70 por cento dos alunos homossexuais dizem ser vítima de "bullying" nas escolas, alertou esta quinta-feira a ONU.
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À frente dos esforços da ONU está a Agência para a Educação e Cultura (UNESCO), cujo director em Nova Iorque, Philippe Kridelka, afirmou esta quinta-feira que as vítimas de assédio homofóbico apresentam maiores taxas de abandono escolar e que este é «um dos maiores factores que levam ao suicídio entre os jovens».
«Por isso, a UNESCO acelerou recentemente os seus esforços para lidar com o assédio homofóbico nas escolas», disse Kridelka, numa conferência nas Nações Unidas sobre o "bullying", organizado por organizações de Direitos Humanos e alguns Estados membros, como a Noruega.
Por causa da orientação sexual ou identidade de género, jovens «são frequentemente sujeitos a violência dentro de escolas e universidades», o que «viola o direito à Educação e a um ambiente de aprendizagem são», alertou.
Em muitos países da OCDE, a percentagem de alunos homossexuais que dizem ser vítimas de assédio homofóbico supera os 70 por cento, «nalguns 90 por cento», disse Kridelka, acrescentando: «as consequências podem ser desastrosas para os indivíduos e para a sociedade».