A época crítica de combate aos incêndios terá, este ano, cerca de 10 mil homens que vão ser apoiados por duas mil viaturas e 44 aviões. É este o dispositivo da Proteção Civil para o verão.
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A informação foi avançada por uma fonte da Protecção Civil à Agência Lusa, depois do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, ter garantido um reforço de meios para o verão.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) apresenta hoje o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) 2012 que contará, no verão, com mais nove mil elementos e 44 meios aéreos.
Na fase mais crítica (fase "Charlie", de julho a setembro), este dispositivo de combate aos incêndios terá 44 meios aéreos, 2.253 equipas de diferentes forças envolvidas, 1.987 viaturas e 9.327 elementos, um reforço de pouco mais de cem efectivos.
Durante a fase "Charlie" de combate a incêndios florestais em 2011 estiveram operacionais 9.210 elementos (menos 775 do que em 2010), 2.018 viaturas (menos 158) e 41 meios aéreos (menos 15), além dos 237 postos de vigia da responsabilidade da GNR.
Antes da apresentação do dispositivo, está prevista uma reunião na sede da ANPC com o secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D"Avila.
Fonte da Proteção Civil adiantou à Agência Lusa que, entre os meios a incorporar no dispositivo, na fase "Charlie", destacam-se 44 meios aéreos - 35 helicópteros médios e ligeiros para ataque inicial, cinco helicópteros pesados e quatro aviões médios anfíbios para ataque ampliado.
O Governo já autorizou uma verba até 36,5 milhões de euros, sem IVA, para a contratação dos meios aéreos, segundo fonte do Ministério da Administração Interna (MAI), continuando a Empresa de Meios Aéreos (EMA) a ser responsável pelo combate aéreo aos fogos florestais.
A fonte precisou que, num período de "necessária contenção da despesa pública", o dispositivo foi "ajustado ao período de maior perigosidade, com uma aposta na vertente qualitativa dos meios a alocar" ao combate a incêndios.
Desde janeiro já deflagram cerca de 5.800 incêndios em floresta e mato, cinco vezes mais do que nos três primeiros meses de 2011, quando ocorreram 1.653 fogos, segundo dados da ANPC e da Autoridade Florestal Nacional.
Os dados indicam igualmente que no último mês de fevereiro, com 4.186 fogos, registaram-se mais incêndios florestais do que em agosto do ano passado (3.982).