Malásia: Governo chinês recebeu imagens de satélite de possíveis destroços do avião desaparecido
O ministro dos Transportes da Malásia, em conferência de imprensa, disse este sábado que o Governo chinês recebeu imagens de satélite de possíveis destroços do avião da Malásia Airlines que desapareceu.
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Numa altura em que as buscas pelo avião das linhas aéreas da Malásia já entraram na terceira semana surge agora uma nova esperança.
A China tem novas imagens de satélite de objetos flutuantes que podem estar relacionados com o avião da Malásia Airlines que desapareceu há duas semanas, segundo o governo malaio.
«A notícia que recebi é que o embaixador da China recebeu a imagem de satélite de objetos flutuantes no corredor sul e que estão a ser enviados navios para verificar», afirmou hoje aos jornalistas o ministro dos Transportes, Hishammuddin Hussein, citado pela agência France Presse.
Entretanto os investigadores que examinaram o simulador de voo encontrado na casa do piloto da Malásia Airlines não encontraram nenhuma pista suspeita, informaram hoje fontes policiais.
Desde que se soube da mudança de rota da aeronave e da interrupção dos sistemas de comunicação, o piloto Zaharie Ahmad Shah e o copiloto, Fariq Ab Hamid, tornaram-se suspeitos de um possível sequestro do avião que transportava 239 pessoas.
Depois de terem revistado a casa de ambos, as autoridades encontraram um simulador de voo na residência do piloto, de 53 anos e com mais de 30 de experiência, que o próprio criou e cuja existência revelou na Internet.
Mas os investigadores nada encontraram de suspeito no simulador de voo, embora ainda falte analisar um disco duro que as autoridades da Malásia enviaram para peritos do FBI, segundo o jornal "Malasya Times".
Hoje, as autoridades australianas retomaram pelo terceiro dia consecutivo as operações de busca, no oceano Índico, do avião da Malaysia.
A Autoridade de Segurança Marítima australiana, que lidera as operações no sul do Índico, informou na sua conta do Twitter que três aeronaves monitorizam uma zona remota a cerca de 2.500 quilómetros a sudoeste de Perth, enquanto outros dois aviões estão a caminho.
Além disso, dois navios mercantes e uma fragata da marinha australiana chegam esta tarde à região.
A área de busca foi expandida de 23.000 para 36.000 quilómetros quadrados para procurar dois objetos que poderão pertencer aos destroços do avião desaparecido a 08 de março.
O avião Boeing 777-200 da Malaysia Airlines que tinham como destino Pequim desapareceu dos radares cerca de 40 minutos depois de ter descolado de Kuala Lumpur.
A bordo estavam 239 pessoas, incluindo 153 chineses, 50 malaios (incluindo 12 tripulantes), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três norte-americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadianos, um russo, um holandês e um taiwanês, além de dois iranianos que embarcaram com passaportes roubados.