
O abate de carros antigos está em clara marcha atrás. A quebra é de menos 50 por cento que no ano passado.
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A Associação Nacional dos Recuperadores de Produtos Recicláveis sublinha que é espelho e barómetro da evolução da economia e da sociedade portuguesa.
Carlos Raimundo, o presidente da associação, dá conta de alguns números: «Neste momento há uma redução nas quantidades de cartão e de plástico na ordem dos 15 por cento, nos metais serrosos provenientes da indústria metalomecânica da ordem dos 25 por cento, uma outra área que está com uma quebra significativa, de 50 por cento, está relacionada com os veículos em fim de vida».
É um recuo que está bem à vista num dos maiores centros de abate e reciclagem do pais, instalado no Carregado. O repórter Ricardo Oliveira Duarte visitou este local e constatou que o volume de trabalho está hoje longe de ser o que já foi.
Há cada vez mais carros antigos que não são abatidos e continuam a circular. Seria razoável pensar que pelo menos o negócio das peças usadas viveria dias mais prósperos. Mas, por causa da crise, não é esse o caso. O repórter Nuno Serra Fernandes esteve em vários estabelecimentos que vendem esse tipo de material e percebeu que existe uma quebra na procura de peças em segunda mão
Para completar o retrato que fazemos hoje desta realidade, a TSF pediu ao Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres números do abate de carros antigos, mas o IMTT respondeu que não dispõe de dados atualizados.