Para Boris Johnson, a campanha publicitária que sugere que um homossexual pode ser convertido à heterossexualidade é claramente ofensiva.
Corpo do artigo
O presidente da câmara de Londres travou uma campanha publicitária que sugeria que ser homossexual é uma doença de que se pode recuperar e que circularia em vários autocarros da capital britânica.
Em declarações ao jornal The Guardian, Boris Johnson explicou que Londres é uma das cidades mais tolerantes do mundo e que uma campanha que sugere que um homossexual pode ser convertido à heterossexualidade é claramente ofensiva.
Esta campanha seria paga por dois grupos conservadores anglicanos liderados por Mike Davidson, que patrocina a chamada terapia recuperadora para gays cristãos, que reclama ser capaz de desenvolver o potencial heterossexual desses cristãos.
Reagindo à decisão do mayor de Londres, que é também o presidente da empresa de transportes da cidade, Davison disse desconhecer que a censura estava em vigor e frisou que foram seguidos todos os canais próprios para esta campanha.
A empresa que venda a publicidade nos autocarros confirmou que a campanha foi aprovada pelo comité das práticas publicitárias e estava de acordo com as linhas orientadoras da Autoridade dos Parâmetros da Publicidade.
Esta campanha era uma resposta clara a uma outra promovida pelo grupo Stonewall que, como forma de fazer lobby para a aprovação do casamento homossexual, tinha como mote «Algumas pessoas são gays. Supera-o».
A campanha publicitária a que o mayor de Londres se opôs usava as mesmas cores que as usadas pelo grupo Stonewall, mas com uma mensagem diferente.