Está previsto para esta terça-feira o encerramento ao público do mercado do Bom Sucesso. Alguns comerciantes ainda anunciaram a intenção de avançar com uma providência cautelar, mas a autarquia garante que o espaço fecha hoje.
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O advogado que representa os comerciantes, Vellozo Ferreira, disse à TSF que não podem ficar sem o seus postos de trabalho nem que se seja num local provisório, garantindo que se tal não acontecer tudo será feito para evitar o encerramento do mercado do Bom Sucesso.
«Enquanto não há o dito mercado provisório vai-se solicitar ao juiz que até lá os possa manter no mercado normal, sendo-lhes disponibilizado um lugar alternativo as pessoas disponibilizar-se-iam para ir para esse local até que as obras terminem», referiu Vellozo Ferreira, sublinhando que «está em causa o modo de sobrevivência» dos comerciantes.
Contudo, da parte da autarquia, o vereador Sampaio Pimentel frisou, há dias, que não foi criado nenhum espaço provisório, justificando que «95 por cento dos comerciantes do mercado assinaram um acordo» que lhes deu direito a uma «compensação mediante a renúncia imediata da licença».
No espaço requalificado do mercado do Bom Sucesso está prevista a construção de um hotel nos próximos dois anos e também escritórios.
Pela continuidade do mercado manifesta-se o "Movimento Bom Sucesso Vivo", que hoje promete sair à rua em protesto.
Paula Sequeiros, uma das dinamizadoras deste movimento, acusa a Câmara Municipal do Porto de ter propositadamente contribuído para a degradação do espaço em benefício de interesses imobiliários.
«Chegou-se a um ponto em que aquilo que se tem hoje foi uma degradação que se preparou. Não é desleixo de quem lá trabalha, não é desinteresse dos portuenses, é efectivamente um situação que foi criada para dar lugar a um negócio imobiliário», denunciou Paula Sequeiros, acrescentando que a intenção da autarquia «é vender património e fazer dinheiro».
No blogue do "Movimento Bom Sucesso Vivo" apela-se à presença de «todos os apoiantes desta causa» a partir das 14h00 em frente ao mercado».