O artista plástico moçambicano Roberto Chichorro considerou, este sábado, que o escritor moçambicano e amigo Mia Couto «é um mundo de cores», um «mundo de África».
Corpo do artigo
Em declarações à TSF este sábado, em Penafiel, onde decorre o evento Escritaria, este ano dedicado a Mia Couto, Roberto Chichorro, um dos maiores pintores moçambicanos e que ilustra os livros do escritor, afirmou que as capas são «janelas» para o que está dentro dos livros.
O pintor percebeu em Penafiel que Mia Couto tem uma dimensão maior do que imaginava.
"O problema é deixar entrar esse escuro na cabeça da gente" é uma frase que deverá perdurar numa das ruas de Penafiel.
Também em declarações à TSF, Mia Couto confessou que ficou espantado com o convite para a Escritaria. Disse ainda querer aproveitar o evento para «estar perto de quem lê» e também para regressar às origens.
O arquitecto António Castanheira, que tratou do evento, explicou que a ideia foi «estorvar» o caminho das pessoas, em vez de convidá-las a visitar um espaço fechado.
Alberto Santos, presidente da Câmara de Penafiel, afirmou esperar que este evento sirva também para se falar no português de outras terras e que a cidade «fique cada vez mais rica com os escritores» que por ali vão passando.