Milhares de pessoas vão sair hoje às ruas em mais de 900 cidades de todo o mundo para exigirem democracia real. Em Portugal austeridade e dívida estão também na ordem do dia.
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Depois de iniciativas que começaram em Madrid e se foram estendendo a outros países, desta vez pretende-se que o movimento seja global.
Tóquio, Sidney, Seul e Jacarta foram as primeiras cidades a protestar, mas na Catalunha por exemplo os protestos também já começaram.
Os organizadores da manifestação decidiram ontem ocupar universidades e hospitais protestando contra os cortes na educação e na saúde anunciados pelo governo regional.
Portugal também está incluído na iniciativa. As manifestações estão marcadas para as 15:00. Desde Lisboa ao Porto, passando por Coimbra, Braga, Évora, Santarém, Faro e Angra do Heroísmo.
A voz portuguesa reúne-se com milhares de vozes em todo o mundo, para exigir uma mudança global.
No caso português, duas palavras juntam-se à reivindicação mundial: dívida e austeridade.
Os organizadores querem saber como se chegou a esta dívida e protestar contra as medidas de austeridade. Um protesto que dizem ser apartidário, laico e pacífico.
Jorge Palma, José Mário Branco e José Luis Peixoto são algumas figuras públicas que se juntam à marcha em Lisboa, que sai do Marqês de Pombal em direcção à Assembleia da república.
Os organizadores esperam que apareça muita gente, sobretudo depois das novas medidas de austeridade anunciadas na quinta-feira, pelo primeiro-ministro.
Na Europa, os indignados saem à rua em Atenas, Roma, Paris e Londres, entre outras cidades, mas o protesto à escala global chega a mais de 900 cidades, incluindo Tóquio, Sidney, Nova Deli, Jacarta, São Paulo, Nova Iorque ou Cidade do México.
Unidos a uma só voz, os indignados prometem tomar as ruas e praças de todo o mundo, contra os poderes estabelecidos, dos políticos e da banca. Agora, dizem, é o povo que vai decidir o futuro.