O homem mais rico da China, Wang Jianlin, anunciou no fim-de-semana um plano de mais de seis mil milhões de euros para construir nos próximos cinco anos o maior centro mundial de produção cinematográfica.
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«O futuro da indústria cinematográfica mundial está na China porque temos 1.300 milhões de pessoas e teremos as maiores receitas do mundo em 2018», disse Wang Jianlin, presidente do Wanda Group, acerca do Qingdao Oriental Movie Metropolis, projetado para a estância balnear de Qingdao, na costa este da China.
A apresentação do projeto, realizada no sábado em Qingdao, reuniu várias estrelas de Hollywood, entre as quais Leonardo di Caprio, Catherine Zeta-Jones, John Travolta e Nicole Kidman.
Cheryk Boone Isaacs, presidente da instituição que atribui os Óscares, esteve também presente, ao lado de Zhang Ziyi, Jet Li, Tony Leung e outras vedetas do cinema chinês.
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O complexo vai incluir vinte estúdios - um dos quais com uma área de um hectare, descrito como o maior do mundo, um parque temático semelhante ao da Universal Studios, nos Estados Unidos, além de uma marina, hotéis e bares.
O objetivo é produzir trinta filmes estrangeiros e cem nacionais por ano.
Já a partir de 2016, em setembro, o projetado Qingado Oriental Movie Metropolis acolherá anualmente um Festival Internacional de Cinema, organizado com o apoio da Academia de Hollywood.
«A indústria cinematográfica da China não pode competir com Hollywood, mas isso também significa que o potencial é grande. A indústria cinematográfica chinesa representa apenas dois por cento da nossa economia, mas na América é 20 por cento», disse Wang Jianlin.
O Wanda Group comprou o ano passado a segunda maior cadeia de distribuição cinematográfica dos Estados Unidos, a AMC Entertainment, por 2.600 milhões de dólares (1.921 milhões de euros).
Dentro da China, o património do Wanda Group inclui 72 centros comerciais, 38 hotéis de cinco estrelas e mais de 6.000 salas de cinema.
Em agosto passado, o presidente do Wanda Group, Wang Jianlin, 59 anos, foi considerado pela revista Forbes "o homem mais rico da China", com uma fortuna avaliada em 14.000 milhões de dólares (10.350 milhões de euros).
As receitas dos cinemas na China aumentaram 30% em 2012, para 17.070 milhões de yuan (2.062 milhões de euros), confirmando o país como o segundo maior mercado mundial do setor, à frente do Japão e logo a seguir aos Estados Unidos.
Segundo a Administração Estatal da Rádio, Cinema e Televisão, o organismo que regula a importação e produção de filmes na China, em 2012 abriram mais 3.832 salas de cinema no país, o que corresponde a uma média de cerca de dez salas por dia.