
César Grácio
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O antigo dirigente da Federação Portuguesa de Futebol César Grácio morreu na quarta-feira, aos 74 anos, «vítima de doença prolongada».
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A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou no site que o funeral de César Grácio realiza-se esta quinta-feira, pelas 17:30, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
Os restos mortais do histórico funcionário da FPF, com a qual manteve uma disputa judicial de década e meia na sequência do denominado "Caso N'Dinga", encontram-se na Igreja do Campo Grande até à partida para o crematório.
Além do processo de despedimento por justa causa, acionado pelo então presidente da FPF Silva Resende devido ao envolvimento de Grácio na utilização irregular do jogador zairense pelo Vitória de Guimarães na época 1987/88, o mesmo protagonizou outro episódio polémico.
Em abril de 1976, o dirigente acompanhou a seleção portuguesa num encontro de preparação, em Turim, diante da Itália e que terminou com o triunfo da "squadra azurra", por 3-1. Grácio recebeu 30 mil dólares em notas do então presidente da federação transalpina (FIGC), Dario Borgogno, a título de "cachet" para a "equipa das quinas", e passou um recibo de 28.200 liras.
Já no aeroporto, a comitiva lusa foi surpreendida com a detenção de Grácio, acusado de exportação ilegal de divisas. O falecido dirigente esteve cerca de uma semana numa prisão de Milão e foi mesmo condenado a oito meses de prisão com pena suspensa.
A perder ficou a FPF, uma vez que o tribunal italiano ordenou também a devolução dos 30 mil dólares ao Estado italiano.