O Prémio Nobel da literatura de 1999 morreu hoje aos 87 anos em Lubeck. A informação foi divulgada em comunicado pela editora Steidl.
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O escritor, poeta, dramaturgo e artista plástico nasceu em Danzing, no Báltico, atualmente Gdansk, na Polónia, em 1927. Günter Grass fica para a história como a voz de uma geração que cresceu na II Guerra Mundial.
Foi membro da Juventude Hitleriana e, mais tarde, fez parte das Waffen-SS. Em 1944 integrou as forças armadas da Alemanha, numa fase final já da II Guerra Mundial. Foi ferido em combate, preso na então Checoslováquia, e libertado no ano seguinte. Só mais tarde falaria do seu passado.
Israel chegou mesmo a considera-lo "persona non grata", em 2012, depois da publicação de um poema no qual Grasse advertia que o Estado judaico era uma ameaça para o mundo devido ao seu poder nuclear.
«O meu século», «A Passo de Caranguejo», «O Tambor de Lata» são alguns dos seus livros traduzidos em português.
Para assinalar a morte de Günter Grass, o El País publica hoje uma entrevista inédita do autor, concedida, no mês passado, aquele jornal espanhol.