O ator, encenador e locutor Francisco Igrejas Caeiro morreu este domingo aos 94 anos, divulgou a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), que manifestou já o «mais sentido pesar».
Corpo do artigo
Citado como um dos «nomes mais marcantes e populares da rádio, do teatro, do cinema e da televisão em Portugal», Igrejas Caeiro nasceu a 18 de agosto de 1917 em Castanheira do Ribatejo.
A estreia como ator aconteceu em 1940 no Teatro Nacional de D. Maria, em Lisboa, e seis anos depois entrou no primeiro filme da sua carreira: «Camões», de Leitão de Barros.
Como autor, apresentador e empresário, concebeu e difundiu programas como «Os Companheiros da Alegria» e «O Comboio das seis e meia».
Igrejas Caeiro foi afastado da rádio pela ditadura do Estado Novo devido a declarações sobre a ocupação militar portuguesa de territórios na Índia. O regresso à rádio aconteceu após o 25 de Abril.
Do seu currículo consta a fundação do Teatro Maria Matos, em Lisboa, em 1969.
Igrejas Caeiro foi militante do PS, deputado da Assembleia da República e vereador da Câmara Municipal de Cascais.
A SPA atribuiu-lhe o Prémio de Consagração de Carreira em 2005 e também a Medalha de Honra, dedicando-lhe uma grande exposição retrospetiva em 2007.
«Mesmo debilitado pela doença, Francisco Igrejas Caeiro acompanhou as atividades da SPA até quase ao final da vida», lê-se no comunicado divulgado este domingo.