O padre Luís Archer morreu, este sábado, no Hospital de Santa Maria, aos 85 anos. Foi pioneiro do estudo da genética em Portugal.
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Luís Jorge Peixoto Archer faleceu após ter sido transportado para o Hospital Santa Maria, em Lisboa, devido a uma indisposição.
Padre jesuíta e uma referência na bioética e genética em Portugal, Luís Archer presidiu ao CNECV.
Na página dedicada aos «antigos estudantes ilustres da Universidade do Porto», esta instituição apresenta Luís Archer como um «brilhante cientista e homem de fé» que «ensinou Genética Molecular em mais 13 faculdades, editou múltiplos artigos científicos sobre Bioética e Genética Molecular, coordenou quatro obras e escreveu mais seis livros».
Luís Archer nasceu no Porto a 5 de Maio de 1926. Nesta cidade frequentou o Liceu Rodrigues de Freitas e o Conservatório de Música, onde estudou piano, refere a Universidade do Porto.
Em 1947, licenciou-se em Ciências Biológicas na Universidade do Porto, tendo, pouco depois, ingressado na Companhia de Jesus.
Com 19 anos de idade passou a assistente e começou a dedicar-se à investigação científica. Paralelamente a esta actividade, cumpriu um sonho antigo: tornou-se jesuíta.
Na Companhia de Jesus enveredou pelo estudo das Ciências Humanas, tendo concluído a licenciatura de Filosofia na Faculdade de Teologia em Braga, em 1954.
Em 1960, concluiu uma nova licenciatura, desta feita em Teologia, e foi definitivamente ordenado sacerdote, em Frankfurt, na Alemanha.
O funeral de Luís Archer realiza-se no domingo, estando prevista uma missa de corpo presente às 15:00 na igreja do Colégio de São João de Brito, em Lisboa.
Em declarações à TSF, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, Manuel Morujão, recordou o padre Luís Archer como um homem «sábio».
Por seu turno, Daniel Serrão, membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, disse que Luís Archer foi precursor da genética molecular e da bioética.