Movimentos de defesa das mulheres querem boicotar estreia do filme "As 50 Sombras de Grey"

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Grupos de defesa dos direitos das mulheres dos Estados Unidos e Canadá estão a pedir um boicote à estreia do filme, que acontece amanhã. Os movimentos anti-pornografia e contra a violência doméstica veem no filme e nos livros uma ameaça, porque banalizam a violência contra as mulheres.
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Quem critica o livro apresenta um artigo publicado em 2013 numa revista cientifica. Após a leitura e análise dos três volumes da obra "As 50 Sombras de Grey", concluíram que existem inúmeras cenas de perseguição persistente, intimidação ou violência sexual.
A protagonista, dizem as "vozes" que contestam o filme, revela sinais «de uma mulher abusada». Trata-se, dizem, de uma jovem alvo de um homem poderoso e intimidante.
Na prática, ela não tem qualquer poder na relação, que é totalmente dominada por ele.
Um cenário típico da violência íntima entre casais. Por isso, Megan Walker, diretora executiva de um centro que combate, no Canadá, os abusos contra mulheres explica que leu o livro não gostou.
Megan Walker, escutada pela TSF, refere que as situações parecem normais no livro, mas na vida real têm um final muito diferente.
Para esta ativista dos direitos das mulheres, que trabalha há 18 anos com vítimas de comportamentos semelhantes, uma história como esta nunca termina com um final feliz.