O mundo assinala, esta segunda-feira, pela centésima vez, o Dia Internacional da Mulher. A discriminação de salários é ainda uma realidade em Portugal.
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As mulheres portuguesas estão entre as europeias com mais participação no mercado de trabalho, mas nem esse facto significa melhores ordenados.
O boletim estatístico do gabinete de estratégia e planeamento do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social revela que, em Abril de 2009, 12,1% recebiam o ordenado mínimo nacional. Entre os homens a percentagem desce para menos de metade, ou seja, 5,3%.
O mesmo documento, publicado em Fevereiro deste ano, revela que em média os homens portugueses recebem 1 220 euros por mês.
As mulheres ficam-se pelos 933 euros, em quase 300 euros a menos. Outros dados, do Instituto Nacional de Estatística, acrescentam que apenas um terço das famílias têm elas a ganhar mais do que eles.
Mas as diferenças entre sexos no mundo laboral não se ficam por aqui. Números do Instituto Nacional de Estatística dizem que as mulheres são, também, mais afectadas pelo desemprego, 10,7%, contra 9,5% no homens.
São elas, igualmente, quem demora mais tempo a encontrar um novo trabalho. Em Dezembro metade das desempregadas procuravam emprego há mais de um ano, com 133 mil mulheres incluídas nos casos de desemprego de longa duração.
Também por isso, segundo a Segurança Social, existem 68 mil mulheres a beneficiar do subsídio social de desemprego. Entre os homens esse número desce para 50 mil.