As mulheres australianas ao serviço do exército vão ser autorizadas a participar activamente na frente de combate, anunciou esta terça-feira o ministro de Defesa, Stephen Smith.
Corpo do artigo
O ministro Stephen Smith classificou a medida como uma «mudança cultural significativa e importante».
«No futuro, o papel das forças armadas será determinado pela habilidade e não pelo género», disse Smith à imprensa em Camberra, ao explicar que a medida será aplicada de forma progressiva nos próximos cinco anos, de forma a permitir às mulheres militares terem a formação necessária para os postos em causa.
As alterações dão acesso às mulheres a sete por cento das posições militares até agora interditas.
Assim, as mulheres australianas passam a poder ocupar posições na frente de combate na artilharia, infantaria e força aérea, e a ter um papel activo na eliminação de minas, entre outros.
Entre os aliados da Austrália, apenas três países, a Nova Zelândia, Canadá e Israel, autorizam as mulheres a combater na linha da frente.
O exército australiano, que conta com dez mil mulheres entre um total de 81 mil activos, nos últimos anos foi abalado por vários escândalos sexuais e de abuso de poder, alegadamente cometidos nas escolas de formação militar e no Afeganistão.