O museu está a usar a mais recente tecnologia em termos de Imagiologia para desvendar rostos e outros aspetos das múmias, uma das atrações mais populares da instituição.
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O Museu Britânico utilizou scanners de última geração para desvendar segredos guardados por múmias egípcias e sudanesas.
Um total de 8 das 120 múmias do acervo do museu foram submetidas à realização de tomografias computorizadas em vários hospitais de Londres. Os resultados dos exames revelaram rostos, ossos, pele e até mesmo alguns órgãos internos que permaneciam preservados.
Foi possível, inclusive, determinar o sexo de algumas das múmias, o que permanecia indefinido desde que foram adquiridas pelo museu, há 250 anos. Os exames permitiram também recolher dados valiosos sobre o processo de embalsamento e enterro, tudo sem abrir os túmulos e perturbar as múmias.
Os resultados destas análises tomográficas vão constar de uma animação gráfica que será exibida como parte da exposição «Ancient Lives, New Discoveries» que o museu inaugura no próximo mês de maio.
De acordo com o Museu Britânico, a exposição procurará 'oferecer um retrato' das vidas de oito pessoas que viveram no Vale do Nilo ao longo de mais de 4 mil anos - desde o Egito pré-histórico até o Sudão cristão.
A mostra usará tecnologia interativa para oferecer informações sobre cada múmia, desde seu estado de saúde até a forma como elas foram embalsamadas e preservadas. Através de ecrãs interactivos, os visitantes irão poder explorar, virtualmente, o interior dos caixões e até remover as faixas de tecido.
Entre as múmias encontram-se uma filha de um sacerdote até um cantor de templos. Há ainda um homem de meia idade, um porteiro de um templo e até uma mulher que apresenta uma tatuagem cristã na pele.
O estudo permitiu também conhecer melhor os hábitos alimentares, a medicina da época, a música ouvida por povos antigos e como viviam as crianças do período.