
Endeavour
Reuters
A NASA espera que à terceira seja de vez e que ao início da tarde o vaivém Endeavour possa descolar para a última missão no espaço. O objectivo deste voo é levar até à estação espacial, um instrumento muito complexo que vai observar a radiação cósmica. Parte desse instrumento tem tecnologia portuguesa.
Corpo do artigo
Os cientistas acreditam que esta será uma das mais importantes experiências do século XXI.
O AMS ou espectrómetro magnético alfa vai à procura do imprevisto, observando a radiação cósmica.
Este detector, sendo um projecto internacional, conta com uma parte portuguesa que foi coordenada pelo astrofísico Fernando Barão.
A 360 quilómetros de altitude, na estação espacial internacional, o AMS vai peneirar milhões de partículas por segundo e identificar os raios cósmicos através de seis detectores.
A equipa portuguesa ficou responsável pelo detector que identifica a velocidade e a carga das partículas.
Os olhos dos cientistas vão estar particularmente atentos ao que não se vê, ou seja, à matéria escura.
O espectrómetro tem um metro de largura por três de altura, pesa sete toneladas e foi pensado para trabalhar no espaço nos próximos oito anos.
O AMS é o resultado de uma experiência concebida na década de 90 pelo nobel da física Samuel Ting.
Para além da matéria escura, o espectrómetro vai à procura da antimatéria. Os cientistas acreditam que só se conhece dez por cento da matéria do universo e esperam que este detector de raios cósmicos possa revolucionar a física sobre o universo.
O lançamento da Endeavour está previsto para as 13h56, hora continental portuguesa.