A abrir o segundo fim de semana do Jazz em Agosto, o anfiteatro ao ar livre da Gulbenkian recebe esta sexta feira uma formação de músicos dos Estados Unidos, liderados por um norueguês e com um nome provocador: "The Young Mothers".
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O nome de guerra deste sexteto - "The Young Mothers" - é tão provocador quanto a música que tocam. E a(s) provocação(ões) reside(m) onde? - no facto de serem "mães" masculinas que, apesar disso, pariram uma tipologia musical que, assente na livre improvisação, tem no código genético uma mistura de sangue oriundo de tribos (só aparentemente) tão díspares como o Jazz dos nossos dias, o "Indie" e o "Punk" Rock, o Hip-Hop e os antepassados africanos. Estes dois últimos correm na veia artística do trompetista e vocalista (leia-se "rapper") Jawwaad Taylor, um texano como os restantes quatro músicos deste sexteto com base no Texas, sendo a excepção a tudo isto o sangue nórdico do mentor do projecto, o contrabaixista norueguês Ingebrigt Häker Flaten.
Mas porque já foram mencionados dois dos elementos dos "Young Mothers", da mais elementar justiça será apresentar os restantes elementos do sexteto: Jason Jackson (saxofones alto, tenor e barítono), Jonathan Horne (guitarra eléctrica), Stefan Gonzalez (vibrafone e bateria) e Frank Rosaly (bateria), todos eles reunidos por Ingebrigt quando se fixou em Austin, depois de ter passado por Chicago onde, em 2009, formou um sexteto com o qual, aliás, esteve no Jazz em Agosto de 2012.
Resumindo, a noite desta sexta feira no Jazz em Agosto, vai servir para várias descobertas e constatações como, por exemplo, da justeza da forma como o crítico Clifford Allen (da All About Jazz) definiu "The Young Mothers": "... uma banda brilhante...".