Depois do sismo que causou 23 mortos, as réplicas continuam a assustar a população. Ainda assim, o embaixador português em Roma adiantou à TSF que já começou a pensar-se na reconstrução.
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Só esta noite foram registadas 37 réplicas. As imagens que chegam mostram edifícios totalmente destruídos. Nas ruas veem-se campos de acolhimentos improvisados, os acampamentos oficiais não são suficientes e as grades que resistem aos abalos servem de estendal.
O embaixador de Portugal em Roma diz que o sentimento de insegurança tomou conta da população.
«Há muita gente que prefere não entrar nas casas uma vez que há estes abalos sucessivos tem medo e preferem estar em local seguro. Os acampamentos estão localizados em zonas livres de edifícios, portanto as pessoas preferem muitas vezes ficar nas tendas com receio de uma réplica mais forte», revelou Manuel Lobo Antunes.
No último balanço dos dois violentos sismos, que nos últimos dez dias atingiram Itália, as autoridades contabilizam 23 mortos, mais de 350 feridos e 14 mil desalojados.
Na região de Emilia, uma área industrial, muitas fábricas ruíram, muitos perderam o emprego. O embaixador português diz que o governo do país já aprovou medidas para apoiar a economia e a reconstrução dos edifícios.
«O governo decidiu aprovar uma taxa suplementar sobre a gasolina, de cerca de dois cêntimos por litro, para criar um fundo especial de apoio à reconstrução das zonas afetadas. Há também linhas de crédito que foram criadas», sublinhou.
De acordo com informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, uma cidadã portuguesa ficou desalojada na sequência do sismo de há dois dias e pretende regressar a Portugal.