Novo presidente da ANSR defende limites para idade dos autocarros que fazem excursões
O novo presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) defendeu hoje a imposição de limites de idade para os autocarros de passageiros que fazem excursões, considerando esta medida fundamental para o combate à sinistralidade.
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No final da cerimónia da sua tomada de posse, que decorreu hoje em Lisboa, Jorge Jacob, em declarações à agência Lusa, classificou como inadmissível a idade de alguns autocarros de passageiros que circulam em Portugal.
«No transporte ocasional, que é um serviço comercial, que dá lucro, não é admissível que haja autocarros com a idade média que vemos aí. Não é admissível que haja licenciamentos de veículos se não tiverem idades dentro de um determinado escalão», afirmou à Lusa.
Já no seu discurso durante a tomada de posse, o novo presidente da ANSR considerou que os veículos pesados de passageiros devem passar a ter limitações de idade.
«Temos um parque automóvel envelhecido. Tem de haver um rejuvenescimento, em particular nos [autocarros] que fazem transporte ocasional», declarou, ressalvando que estas afirmações não estão ligadas ao recente acidente no IC8 que provocou 11 mortos.
Jorge Jacob explicou que muitas das empresas, por problemas de custos ou dificuldades financeiras, utilizam autocarros usados de outros países ou usam-nos além da vida útil do veículo.
Para o novo presidente da ANSR, esta situação não pode ser admitida nas frotas de autocarros que se dedicam a fazer excursões.
Jorge Jacob tomou hoje posse como presidente da ANSR, mas a sua vida profissional esteve sempre ligada à área dos transportes, tendo passado pelo Metropolitano de Lisboa e pela Direção-Geral de Transportes Terrestres de 1997 a 2006, onde foi diretor-geral.