«A Encomenda Prodigiosa!» é o nome da exposição que evoca as encomendas artísticas do rei que quis por Lisboa a brilhar tanto como a Roma papal.
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«A Encomenda Prodigiosa!». É este o nome da exposição que foi hoje inaugurada no Museu Nacional de Arte Antiga.
Uma exposição que evoca o barroco de D. João V e enquadra as encomendas artísticas do rei a artistas italianos que trabalhavam para o Papa, desde a Basílica da Patriarcal até à capela de São João Batista face à realidade da política internacional da época.
Pode-se, deste modo, ver a forma como através de exuberantes encomendas de arte e de arquitetura, o Rei quis pôr Lisboa a brilhar tanto como a Roma papal.
Daí que venha daquele tempo o título para o chefe da igreja católica em Lisboa. O título de Patriarca só partilhado com Veneza e com a cidade de Roma.
O diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, António Filipe Pimentel, vê nestas encomendas milionárias do principio do século XVIII uma nova forma de se fazer política internacional
Uma opulência do poder através da arte e da religião que também servia a política interna.
O exemplo máximo desta exaltação foi a Basílica da Patriarcal, no Paço da Ribeira, que foi destruída pelo terramoto de 1755. Mas existe uma miniatura desse barroco dentro da igreja de São Roque, em Lisboa, que é a capela de São João Batista
Esta exposição no Museu Nacional de Arte Antiga vai ser complementada com outra, precisamente no Museu de São Roque, a partir do próximo mês.