O Rock in Rio USA terminou ontem em Las Vegas longe de ser o sucesso que é em Portugal ou no Brasil. Pudera, na "Disneylândia dos adultos" é quase impossível marcar a diferença.
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Em Las Vegas, a cidade mais turística do mundo, a oferta de espetáculos parece não ter fim. Por aqui passam diariamente as maiores vedetas norte-americanas, os hotéis casino investem forte para atrair os turistas e, a título de exemplo, basta dizer que o "Cirque di Soleil" tem, neste momento, três espectáculos em simultâneo, em três casinos diferentes. Com este cenário, era impossível que, mesmo a realização de um mega espetáculo, como é o Rock in Rio, pudesse ser mais que um aperitivo na faustosa oferta que todos os dias existe na cidade do pecado.
Com uma audiência média de 20 mil pessoas nos quatro dias do evento, num recinto bastante mais pequeno que o de Lisboa, no Rock in Rio USA era bastante notória a presença de brasileiros, quase dando a sensação que superavam em número os norte-americanos.
Não foi verdade, mas o amor à pátria, que não se aplica apenas no futebol, faz com que os brasileiros se vistam a preceito para participar num evento que tomam como seu. Bandeiras, camisolas e lenços faziam com que o verde e o amarelo fossem as cores dominantes (ver fotogaleria). Afinal, com o alto patrocínio do governo estadual do Rio de Janeiro, na Rock Street Brasil a todo o momento se ouvia samba, bossa nova... e, é claro, no palco principal não faltou o axé de Ivete Sangalo, presença habitual no Rock in Rio em qualquer parte do mundo.
O Brasil fez uma grande acção de promoção nos Estados Unidos, mas talvez Las Vegas não seja o sítio ideal para um Rock in Rio que gosta de ser o centro das atenções por todo o lado onde passa. Em setembro há mais Rock in Rio, mas é no Rio de Janeiro. Será um regresso a casa que, com toda a certeza, lhe fará bem ao ego.