O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou a «medidas significativas» para evitar a repetição de mais um tiroteio numa escola, como o que aconteceu hoje e provocou 28 mortos, incluindo 20 crianças.
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Numa intervenção transmitida pela televisão na sala de imprensa da Casa Branca, em Washington, e visivelmente emocionado, Barack Obama recordou as vítimas, em particular as «bonitas crianças com idades entre os cinco e os dez anos» e que «tinham a vida inteira à sua frente, aniversários, licenciaturas, casamentos, filhos seus».
O «presidente norte-americano recordou ainda que entre as vítimas «existiam professores, mulheres e homens que consagraram as suas vidas a ajudar as crianças a realizar os seus sonhos».
«O país sofreu demasiadas tragédias como esta nos últimos anos. Vamos ter de nos unir e tomar medidas significativas para prevenir futuras tragédias como esta», afirmou Obama.
A eventualidade de este incidente reavivar o debate sobre a renovação da proibição de porte de armas automáticas tinha já sido previamente descartada pelo porta-voz presidencial, Jay Carney.
«Estou seguro que surgirá um dia para discutir essa questão em Washington, mas julgo que não será no dia de hoje», apontou o porta-voz.
Até ao momento, Obama evitou abordar o tema da proibição, que foi aplicada durante a presidência de Bill Clinton e que expirou em 2004, após permanecer dez anos em vigor.
Obama decretou quatro dias de luto nacional e ordenou que todas as bandeiras nos edifícios e locais públicos sejam colocadas a meia haste, incluindo nas representações dos EUA no estrangeiro.
Segundo os media norte-americanos, o atirador que hoje matou 27 pessoas e que foi também morto, numa escola primária nos Estados Unidos, em Newtown, estado do Connecticut, também assassinou os pais e foi identificado como Ryan Lanza, 24 anos.
De acordo com diversos sítios na Internet de media norte-americanos, Lanza matou o pai em casa antes de se dirigir para a escola e posteriormente a mãe, professora no estabelecimento de ensino, durante o tiroteio.