A organização "Que se lixe a troika" apela a um protesto pacífico e não avança uma expectativa em termos de números. O mote tem sido dado por "Grândola, Vila Morena", senha do 25 de abril.
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Se o protesto de 15 de setembro juntou, só em Lisboa, cerca de 500 mil pessoas, agora, dizem os organizadores, o que é importante é que quem sai à rua venha de todos os quadrantes e de todas as idades.
Logo à tarde, são esperadas milhares de pessoas nas ruas. Em Lisboa, o ponto de encontro é o Marquês de Pombal, às 16h00. É aí que se concentram o que chamou as cinco marés: da educação, saúde, reformados, a maré feminista e arco-iris.
A onda humana segue depois em direção ao Terreiro do Paço, para contestar a política do governo e pedir o fim das políticas de austeridade.
No Porto, a manifestação tem local marcado para a praça da Batalha, e vai contar também com as "marés" dos direitos humanos, a cultural, da educação e dos reformados.
Nas redes sociais, circula o apelo para que se cante a "Grândola Vila Morena" às 18h00. A canção de José Afonso vai ser também cantada à mesma hora nas restantes cidades que acolhem as manifestações.
No estrangeiro, a "Grândola, Vila Morena" vai também ouvir-se em Barcelona, Boston, Budapeste, Estocolmo, Londres, Madrid e Paris.
De resto, a música não vai faltar e será cantada em palco por vários artistas, entre eles, Carlos Mendes.
À TSF, o músico e também elemento do movimento "Que se lixe a troika", apela a que todos saiam à rua e acredita que este protesto pode levar à demissão do Governo.
Joana Saraiva, também elemento do movimento, diz que a grande preocupação é que o movimento seja transversal, tal como aconteceu em setembro.
Mais de 40 cidades, em Portugal e no estrangeiro vão aderir às manifestações convocadas pelo movimento "Que se lixe a troika, o povo é quem mais ordena", para pedir o fim das políticas de austeridade.
Vários movimentos, deputados e militantes do PS, BE e PCP e os presidentes das três associações socioprofissionais de militares vão marcar presença nas manifestações, que contam também como a adesão da central sindical CGTP.
A PSP já anunciou que o policiamento para as manifestações vai ser «o adequado e necessário», para garantir a segurança.
Sem especificar o número de agentes, a PSP refere que vai ter no terreno elementos da Unidade Especial de Polícia, através do Corpo de Intervenção, e efetivos do Comando Metropolitano de Lisboa.
Por causa da manifestação, várias ruas no centro de Lisboa vão estar condicionadas a partir das 14h00. Entre elas, a Avenida da Liberdade, os Restauradores, o Rossio e a Praça do Comércio.