Madalena Miranda entende que está «na altura de olhar para a maneira como os filmes são vistos e que possíveis visibilidades existem para o mercado e para o cinema português».
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Os percursos do cinema documental português são o tema do Panorama, uma mostra de documentários que arranca esta sexta-feira em Lisboa.
«Este ano, escolhemos este tema porque achamos que está na altura de olhar para a maneira como os filmes são vistos e que possíveis visibilidades existem para o mercado e para o cinema português, neste caso, o documentário em especial», explicou Madalena Miranda, que dá voz por este festival.
Este certame vai tentar olhar o documentário português por um novo enquadramento e novas objetivas, não esquecendo as suas origens, olhando para os pioneiros.
Neste festival será possível ver películas feitas no íncio do séc. XX ainda mudas e que serão musicadas ao vivo por músicos convidados.
«A maneira como se viam os filmes nessa altura era fundamental. Daí a relação com a música e termos convidado o Filipe Raposo para as sessões da cinematica, os Noiserv para a abertura e o António Brunham quarteto para o encerramento», frisou.
Madalena Miranda adiantou que estes «músicos vão trabalhar os filmes e relacionar-se com eles, provavelmente não da maneira como se faria no início do séc. XX, mas da maneira como se faz no início do séc. XXI».
A noite de abertura será com uma sessão histórica com três filmes mudos que recriam o ambiente que se viveu em Lisboa pelos anos 30.