No dia de Natal, Bento XVII pediu o fim da violência na Síria, o retomar do diálogo entre israelitas e palestinianos, e ajuda para os povos vítimas da fome no Corno de África.
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Perante milhares de pessoas reunidas na praça de São Pedro, no Vaticano, o papa pronunciou a mensagem de Natal, em que também apelou à solidariedade para com as populações do sudeste asiático vítimas de graves inundações, sobretudo da Tailândia e Filipinas.
Num discurso em que tradicionalmente reflecte sobre a situação do mundo, Bento XVII defendeu a «plena reconciliação e a estabilidade» no Iraque e Afeganistão, assim como nos países do Norte de África e Médio Oriente.
O chefe da Igreja Católica pediu ajuda para os povos do Corno de África, vítimas da fome, e para os refugiados dessa região, «tão duramente afectados na sua dignidade».
Bento XVI desejou ainda «perspectivas de diálogo e a cooperação» na Birmânia e «estabilidade política nos países da região africana dos Grandes Lagos e o fortalecimento do compromisso dos habitantes do Sudão do Sul, para proteger os direitos de todos os cidadãos».
O papa considerou, na sua mensagem de Natal, que «o grande pecado» dos homens é tentar competir com Deus, pretendo ocupar o seu posto ao decidir o que é bom ou mau, serem donos da vida e da morte.
«Jesus foi enviado por Deus para nos salvar de esse mal profundo, arreigado no Homem e na História, que é a separação de Deus, o presunçoso orgulho de actuar por si mesmo, tentar competir com Deus e ocupar o seu posto, decidir o que é bom e mau e ser dono da vida e da morte», declarou.