O bispo de Leiria-Fátima, António Marto, disse à agência Lusa que, «naturalmente», a Igreja Católica Portuguesa quer a presença do novo papa nas cerimónias do Centenário das Aparições de Fátima agendadas para 2017.
Corpo do artigo
O convite vai ser feito com «a devida antecedência», dada a agenda do papa, e tem que ser endereçado «não apenas a título de bispo da diocese, mas a nível da Conferência Episcopal Portuguesa», sublinhou António Marto.
Para o prelado, o facto de o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, ter sido hoje eleito papa foi «uma boa escolha», vai dar «uma nova respiração, um novo ânimo à evangelização, porque traz um otimismo que se opõe a este cansaço espiritual e moral que se experimenta na Europa e que contagia a própria Igreja».
O bispo de Leiria-Fátima acredita que o Papa Francisco «traz a experiência dos problemas da pobreza e injustiça que se notam nos países da América Latina» e «um pensamento social para fazer face a este modelo económico, que está esgotado».
António Marto conhece pessoalmente o novo papa, «desde o Sínodo dos Bispos em 2005» e destacou a sua «simplicidade encantadora», embora admita que não seja «muito efusivo».
O bispo de Leiria-Fátima sublinhou que com esta escolha a Igreja Católica «deixou de ser eurocêntrica».
O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, foi hoje eleito papa pelos 115 cardeais reunidos em Roma, adotando o nome de Francisco.
Francisco sucede a Bento XVI, que resignou no dia 28 de fevereiro, e será o 266.º papa da Igreja Católica.