Os parceiros da candidatura Cinco Sentidos queixaram-se da «asfixia financeira» com que se debatem e que pode ameaçar o cumprimento das programações integradas na iniciativa, caso não sejam ressarcidos em breve das despesas já efectuadas.
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Em causa estão perto de 710 mil euros investidos pelo Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) e pelos teatros Viriato (Viseu), Municipal Maria Matos (Lisboa), Municipal da Guarda e Virgínia (Municipal de Torres Novas) no âmbito da candidatura Cinco Sentidos- um programa de programação cultural em rede - e pelos quais estas estruturas culturais têm a haver 570.000 euros, disse José Bastos, director do centro de Guimarães.
José Bastos falava numa conferência de imprensa realizada hoje em Lisboa em que participaram também Isabel Reis (Teatro Virgínia), Américo Rodrigues (Teatro Municipal da Guarda) e Mark Depputer (Maria Matos). Paulo Ribeiro (Teatro Viriato) não chegou em tempo útil.
Tutelado pelo Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, e financiado pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), o programa Cinco Sentidos iniciou-se em Fevereiro de 2010.
Trata-se de uma rede cultural cujo objectivo é contribuir para melhorar o acesso público à fruição das actividades culturais. Até ao momento os cinco teatros já realizaram mais de 40 projectos e mais de 200 sessões, disse José Bastos.
«Decorrido um ano entre a abertura das candidaturas e a aprovação das mesmas, continuam por assinar o protocolo de financiamento, o contrato de financiamento, por validar os documentos comprovativos da despesa e o reembolso da despesa», disse.
A «morosidade processual está a gerar asfixia financeira e a limitar a execução ambicionada do programa», referiu José Bastos.