Parkinson: Joaquim Ferreira quer mobilizar jovens médicos para a especialidade
Joaquim Ferreira é o novo diretor da secção europeia da Sociedade internacional da Doença de Parkinson e Doenças do Movimento. A TSF conversou com o médico português.
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Em declarações à TSF, Joaquim Ferreira defende que face ao impacto na medicina do momento complexo que se vive na Europa, assume as novas funções com o espírito de garantir o acesso dos doentes aos tratamentos estandardizados, ajudar na investigação da doença e cativar "sangue novo", jovens médicos da especialidade para a vida desta sociedade cientifica internacional.
O médico português com longo historial de investigação da doença de Parkinson, até aqui diretor clínico do Campus Neurológico (CNS) de Torres Vedras, defende também parcerias com outras instituições da especialidade para otimizar esforços.
Fala ainda da realidade portuguesa como não sendo uma das piores a nível europeu, mas reconhece que apesar dos profissionais espalhados pelo país, nem todos os doentes acedem da mesma forma, nem com a mesma rapidez aos tratamentos oferecidos, reconhecendo alguns custos acrescidos a nível de reabilitação.
Parkinson é uma doença que não é considerada rara em Portugal, pelo contrário, é considerada doença frequente.
Há 18 mil casos diagnosticados em Portugal, de acordo com o útimo estudo epidemiológico, até pelas características genéticas da população, adianta Joaquim Ferreira, que fala de uma mutação biológica herdada dos tempos da presença árabe na Península ibérica, que torna Portugal e Espanha países de risco face a outros países da Europa e mesmo dos EUA.