Começa, esta terça-feira, o julgamento que senta no banco dos réus a autora da peça de teatro "A Filha Rebelde" e dois antigos directores do Teatro Nacional D. Maria II, acusados dos crimes de difamação e ofensa à memória de Silva Pais, falecido director da PIDE.
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A queixa que vai a julgamento partiu dos sobrinhos do antigo director da PIDE que não gostaram de ver no teatro a adaptação do livro com o mesmo título.
A peça, com encenação de Helena Pimenta, esteve em cena no Teatro Nacional D. Maria II em 2007 e baseia-se no livro homónimo dos jornalistas Valdemar Cruz e José Pedro Castanheira.
Para José Manuel Castanheiro, antigo director do Teatro Nacional D. Maria II, «sabendo o que representa o 25 de Abril, tudo isto parece estranho e incompreensível. Para além do óbvio, o que eu não compreendo é que as pessoas não entendam qual a função do teatro», disse à TSF.
Considerada uma acusação de âmbito privado por ser uma injúria, o Ministério Público (MP) demarcou-se do processo, não acompanhando a acusação.