A Tokyo Eletric Power (Tepco), que gere a central nuclear de Fukushima, detetou em peixe capturado nesta província japonesa um nível de césio radioativo até 380 vezes superior ao limite permitido para consumo.
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De acordo com a informação hoje divulgada pela cadeia de televisão nipónica NHK, a Tepco detetou em peixe capturado a 01 de agosto nas águas de Minamisoma, a 25 quilómetros da central nuclear, 38 mil becqueréis de césio radioativo por quilo, o maior índice de contaminação divulgado desde o acidente nuclear de março do ano passado.
A empresa recolheu, desde meados de julho e até ao início de agosto, amostras de cerca de 20 espécies de peixe e marisco em cinco localizações da costa e num raio de 20 quilómetros em torno da central nuclear de Fukushima.
A Tepco encontrou ainda índices de césio radioativo superiores aos permitidos noutras nove amostras de peixe e marisco, segundo a NHK.
A atividade pesqueira foi retomada em Fukushima em junho e diversas cooperativas começaram a vender o seu peixe nos supermercados para avaliar a resposta do mercado.
O peixe de Fukushima também regressou ao maior mercado de peixe do mundo, o Tsukiji, em Tóquio, depois de os pescadores daquela província do nordeste do Japão terem garantido que o seu produto era seguro para consumo e que não estava contaminado.
A Tepco garantiu que continuará a realizar análises ao peixe em Fukushima até ao final de setembro.
O acidente na central de Fukushima, o pior desde Chernobil, em 1986, mantém mais de 52 mil pessoas longe das suas casas.