Os portugueses que atinjam os 65 anos em 2012 e se reformarem poderão escapar ao corte de 3,92% na pensão se trabalharem mais 4 a 12 meses, consoante os anos de descontos já efectuados.
Corpo do artigo
Por mais 40 dias de esperança de vida quem estiver à beira da reforma pode vir a trabalhar mais um ano.
Desde que a nova legislação foi aprovada que as reformas estão indexadas aos indicadores da esperança média de vida. O Instituto Nacional de Estatística revela hoje o valor provisório do indicador da esperança de vida aos 65 anos que sobe de 18.47 para 18.62.
Esta melhoria das condições serve para que a Segurança Social adie o pagamento das reformas, ou seja, quem tiver 65 anos de idade quando pedir a pensão, terá de trabalhar mais quatro a 12 meses, de acordo com o período de descontos já efectuados, o que pressupõe um corte de 3,92 por cento na prestação de reforma resultante da aplicação do factor de sustentabilidade, em vigor desde o ano 2008.
Perante este cenário, o beneficiário tem opções: ou trabalha mais tempo ou aceita o corte na pensão.
No caso da Função Pública, o factor de sustentabilidade aplica-se a alguns grupos de trabalhadores, dependendo da data em que começaram a trabalhar e do ano em que reuniram condições para a reforma.
No entanto, os trabalhadores do Estado podem pedir a reforma completa antes dos 65 anos de idade, pelo que o tempo de trabalho exigido para compensar o corte será inferior.