Maria Manuela, de 58 anos, e o filho vivem apenas com a reforma da mãe de 82 anos, após terem ficado sem o Rendimento Social de Inserção de 100,02 euros. Esta ex-funcionária pública disse que chegou a emigrar, mas a experiência não correu bem.
Maria Manuela foi funcionária pública durante 33 anos e trocou o seu posto de trabalho pela emigração com o marido e o filho há 12 anos, mas a experiência não correu bem.
No país de acolhimento, o filho de Maria Manuela, que tem bronquite e asma, não se deu com o clima e o regresso ao fim de menos um mês tornou-se inevitável.
Depois, Maria Manuela viu o marido emigrar para outros países, uma situação que acabou por resultar em que o seu marido a deixasse.
Maria Manuela ainda arranjou trabalho como jardineira, mas com o fim do seu contrato não lhe restou ficar com o subsídio de desemprego, tendo depois pedido o Rendimento Social de Inserção, que nem dava para comer.
«Fui despejada de minha casa e a minha mãe, reformada, acolheu-me em casa», acrescentou esta ex-funcionária pública, que viu o seu rendimento e do seu filho diminuir sucessivamente de 324 para 100,02 euros e de há dois meses para cá, para zero.
Sem rendimentos, Maria Manuela foi obrigada a vender para poder comer e teve mesmo que mandar abater o cão, que tinha há 14 anos.
A reforma da mãe de Maria Manuela têm agora que chegar para pagar medicamentos, renda da casa, água, luz e alimentação para três pessoas, uma situação que a revolta, porque «vive à custa de uma mulher de 82 anos».