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A história de Joel Ifergan tinha tudo para ser excêntrica. Este cidadão canadiano decidiu apostar na lotaria. O problema é que a máquina efetuou o registo do número vencedor sete segundos depois de terminar o prazo para fazer apostas. Caso foi a tribunal. Joel perdeu e vai pagar fortuna em custas judiciais.
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Joel Ifergan vive uma deceção atrás de outra deceção. Em 2008, ele decidiu apostar na lotaria semanal. O prémio era aliciante. Estavam em jogo 27 milhões de dólares, em moeda local, um valor equivalente a 18,832 milhões de euros.
O jogo não podia ter corrido melhor. Joel acertou no número vencedor, mas o bilhete que comprou foi registado pela máquina sete segundos após o encerramento das apostas. Joel Ifergan garante no entanto que a compra aconteceu dentro do prazo legal, apenas o registo aconteceu depois.
Inconformado com a "derrota em cima da meta" decidiu avançar para os tribunais. Não ganhou. Pelo contrário perdeu tempo e dinheiro. O Supremo Tribunal do Canadá rejeitou o recurso final de Joel Ifergan. Como se não bastasse tem de pagar da sua conta mais de 88 mil euros em despesas judiciais com o caso.
«Estou muito dececionado com a decisão», disse Joel Ifergon ao canal de televisão CTV News. Para ele, a culpa foi da lentidão das máquinas de lotaria na cidade de Quebeque, onde habita.
«Se os bilhetes tivessem sido comprados noutra cidade do Canadá, eu tinha-me tornado num milionário há sete anos».
Joe Ifergan garante que quando chegou ao balcão, o funcionário avisou «o relógio acaba de marcar 20:59. Tem menos de um minuto». Ao que ele respondeu «ok» e pediu dois bilhetes. O funcionário terá dito então «vamos conseguir fazer a tempo».
Porém quando os bilhetes foram impressos, o próprio funcionário percebeu que um deles tinha a data do sorteio da semana seguinte. Precisamente aquele que seria vencedor na semana que estava a terminar.
Segundo Ifergan, o sistema registou o pedido de dois bilhetes às 20:59:47. Segundo ele, a máquina demora entre 7 a 10 segundo a processar os pedidos. Foi assim que o segundo bilhete foi impresso já depois das 21horas.
«Mas o contrato foi feito às 20:59:47. Está registado», diz o jogador azarado.
Ifergan conta ainda que, quando viu os números sorteados, acreditou que tinha ganho e chegou a comemorar. Quando descobriu que não iria receber o prémio avançou com um processo em tribunal, mas foi sendo sempre rejeitado em todas as instâncias.