Pescadores no ativo devem continuar a viver junto à praia de Faro, defende autarca
O presidente da câmara de Faro reconheceu que o processo para o realojamento dos pescadores que estão na praia de Faro pode ainda durar três a quatro anos.
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O presidente da câmara de Faro entende que os pescadores que se mantêm no ativo devem continuar a viver junto à praia, escapando assim à onda de demolições que o Governo quer fazer em toda a ria Formosa.
Em declarações à TSF, Rogério Bacalhau reconheceu que o processo para o realojamento dos pescadores pode ainda durar três a quatro anos e assumiu que é impossível cumprir os prazos de 2015 avançados pelo Ministério do Ambiente.
«Neste momento, estamos apenas para concretizar a aquisição de sete lotes de terreno no Montenegro para fazer um realojamento parcial, porque estes sete lotes não chegam para todas as cem famílias», explicou.
Contudo, o autarca defendeu que os «pescadores que têm atividade laboral hoje devem ser realojados na própria praia de Faro», situação que vale para metade das cem famílias.
Falando sobre as demolições previstas na ilha do Farol e nos hangares, Rogério Bacalhau considerou injusta a distinção que se pretende fazer no Farol entre zonas concessionados pelo IPTM e as outras.
O autarca não percebe como se pode fazer demolições num lado de uma rua e do outro não se fazer o mesmo apenas porque alguém definiu que num lado da rua se podia construir por a zona pertencer ao IPTM.
«Pelo que me dizem, a ilha está a crescer e não há fatores de risco ambientais e, por isso, acho que não vale a pena estar a fazer demolições», concluiu.