É uma das sensações da cena jazz nos EUA. Esta semana lança o seu primeiro álbum, "My Favorite Things". Parece-lhe título de uma seleção maturada ao longo de toda uma vida? Desengane-se, o artista só tem onze anos.
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Chama-se Josiah Alexander Sila, nome artístico Joey Alexander. Nasceu em Bali, na Indonésia, e começou a tocar piano aos seis anos.
Certo dia, pôs-se a dedilhar de ouvido uma peça de Thelonious Monk e o pai, pianista amador, percebeu que o caso era sério.
Aos oito anos conheceu Herbie Hancock em Jakarta, para onde se tinha mudado com os pais. O pianista norte-americano disse-lhe que acreditava nele, recorda Joey ao New York Times: "Foi nesse dia que decidi dedicar a minha infância ao jazz".
Um ano depois entrou num concurso para músicos de todas as idades na Ucrânia e arrebatou o grande prémio.
A partir daí, impunha-se fazer as malas. Destino: Nova Iorque. Joey e a família mudaram-se para lá com a ajuda de grandes nomes do jazz, como Wynton Marsalis, que no Facebook chamou ao miúdo o "meu herói". Os dois partilham o palco com alguma frequência e tem o mesmo agente.
No disco de estreia, a ser lançado por estes dias, Joey Alexander teve a companhia de músicos de primeira linha, como o baixista Larry Grenadier.
Ele contou ao New York Times que quando recebeu o convite ficou apreensivo:" Normalmente estes miúdos prodígios são produto de forma de acumulação de conhecimento muito clínica, típica da Europa ocidental. Não é o caso do Joey, ele toca de uma forma muito intuitiva, muito natural, algo que é muito bonito de ver".
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Mas o prodígio sabe que se quiser progredir e crescer tem de se esforçar: "O jazz é música dura e exige trabalho igualmente duro. Mas também é preciso ter prazer quando se toca. Isso é mesmo o mais importante".