
Reuters
Uma pianista espanhola está esta semana a responder em tribunal. É acusada de, durante vários anos, ter incomodado a vizinha de cima com os seus ensaios diários.
Nesta história, o piano é a arma e a vizinha do andar de cima, a vítima. Há uma jovem pianista acusada de dois crimes e os pais dela também respondem em tribunal, são considerados cúmplices da filha.
Tudo aconteceu durante quatro anos, entre 2003 e 2007, nessa altura Laia tinha 18 anos, era estudante de música e passava horas a tocar piano em casa.
E aqui começam as diferenças que levam a duas versões da história. A vizinha do andar de cima acusa a jovem pianista de tocar oito horas por dia, cinco dias por semana, e de tocar sempre muito mais alto do que o permitido por lei.
A jovem alega que não tocava assim tanto e que, depois das queixas da vizinha, procurou ensaiar mais vezes fora de casa. Garante ainda que ela e os pais mandaram insonorizar a divisão da casa onde tocava e o próprio piano foi forrado com mantas acústicas.
Mas não terá sido suficiente, pois a vizinha do andar de cima diz que, de tanto ouvir tocar piano, ficou com problemas de sono, teve de pôr baixa no trabalho e sofreu até problemas durante a gravidez do segundo filho.
A lista de queixas inclui ainda relatos de nervosismo, ansiedade e ataques de pânico. Depois de quatro anos assim, a vizinha do andar de cima decidiu cortar o mal pela raíz e mudou de casa.
A jovem pianista defende-se dizendo que as queixas são exageradas e que esta história nasce de uma obsessão da vizinha do andar de cima.
O julgamento deverá ser concluído esta semana.