O coordenador da Polícia Judiciária da Madeira esclareceu que, se na segunda-feira disse aos jornalistas que as buscas «estavam terminadas», queria dizer que as mesmas «estavam suspensas».
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«Quando cheguei ao local [na segunda-feira] as buscas já estavam paradas, pois estava a chover e transmitiram-me que aquele local já tinha sido batido no domingo e nesse dia, duas a três vezes, com auxílio dos cães, mas sem resultados», afirmou o responsável à agência Lusa, esclarecendo como foi tomada a decisão de suspender as buscas.
«Numa conversa informal, na qual estiveram presentes várias entidades que participaram nas buscas, nomeadamente a PSP a GNR e o comandante dos bombeiros, foi-me perguntado se achava que as buscas deviam continuar noutro local e eu respondi que não. Face ao quadro encontrado, seria mais útil reavaliarmos a situação, falar com toda a gente e, se surgissem novos indícios, reativar as buscas», explicou Eduardo Nunes.
O coordenador frisou que as buscas «nunca estiveram terminadas», esclarecendo que, se na segunda-feira disse aos jornalistas que as buscas «estavam terminadas», queria dizer que as mesmas «estavam suspensas».
A criança de 18 meses, que esteve desaparecida desde a tarde de domingo, foi encontrada esta manhã na Calheta, Madeira.
O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros da Madeira (SRPC) recusou hoje qualquer responsabilidade na decisão de interromper as buscas da criança, adiantando que a operação foi coordenada pelas autoridades policiais.
«A dado momento, a Polícia Judiciária assumiu a coordenação da operação e a informação de suspender as buscas surgiu da PJ», disse Luis Néri à agência Lusa.
O responsável acrescentou que a decisão de suspender as atividades na Calheta aconteceu «depois de uma reunião no local e mediante os fatores que estavam em jogo».
«A Proteção Civil apenas esteve envolvida nesta operação de busca e salvamento a pedido da PSP, chamada duas ou três horas depois de ter sido dado o alerta, junto com outros intervenientes e depois a PJ assumiu a coordenação», apontou o presidente da SRPC.
«A decisão de suspender as buscas nunca partiu da Proteção Civil, os bombeiros só colaboraram no que foi pedido», disse este responsável.
O menino desapareceu quando se encontrava num encontro da família na casa do tio, localizada no sítio dos Reis Acima, na zona alta do concelho da Calheta.